Já se passaram 30 anos desde que Brasil e Cazaquistão estabeleceram relações diplomáticas pela primeira vez, em 1993. Em 2006, o diálogo bilateral foi impulsionado pela inauguração da Embaixada do Brasil no Cazaquistão e pela abertura da Embaixada do Cazaquistão em Brasília, em 2013.
Localização estratégica, por fazer fronteira com a Rússia e a China, porta de entrada para a Nova Rota da Seda.
Do Brasil, o Cazaquistão importa, atualmente, açúcar, aeronaves e medicamentos.
Já se passaram 30 anos desde que Brasil e Cazaquistão
estabeleceram relações diplomáticas pela primeira vez, em 1993. Em 2006, o
diálogo bilateral foi impulsionado pela inauguração da Embaixada do Brasil no
Cazaquistão e pela abertura da Embaixada do Cazaquistão em Brasília, em 2013.
A história das relações diplomáticas entre os dois países é
marcada por uma evolução constante, com diversos acordos (Acordo de Extradição,
Acordo de Auxílio Jurídico Mútuo em Matéria Penal e Acordo de Transferência de
Pessoas Condenada, por exemplo) benéficos para ambas as partes.
Estão sendo negociados, ainda, outros instrumentos para
avançar iniciativas bilaterais de cooperação em diferentes esferas, como a
pesquisa agrícola, e aprofundar as relações de comércio e investimentos.
Embora ainda incipiente, o fluxo de comércio entre os dois
países tem crescido significativamente nos últimos anos, evoluindo de US$ 45
milhões em 2002 para mais de US$ 116 milhões em 2018, com exportações
brasileiras no valor de US$ 35,74 milhões e importações de US$ 80,31 milhões.
Há empresas brasileiras atuando no mercado cazaque e outras
analisam instalar-se no país, para produção e exportação aos mercados da
Comunidade dos Estados Independentes. A
principal empresa aérea cazaque, Air Astana, possui mais de dez aeronaves da
Embraer.
As exportações do Brasil para o Cazaquistão concentram-se,
principalmente, em maquinário, e as importações em enxofre, mas há muito espaço
para diversificar essa pauta no futuro próximo. Uma das iniciativas para
fomentar as relações entre os dois países é, justamente, a instalação deste
Consulado Honorário do Cazaquistão em São Paulo. Outras medidas também estão
sendo tomadas nesse sentido, em diversas áreas.
Um exemplo é a aprovação do projeto, na Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, que
ratifica acordo firmado entre o Brasil e a República do Cazaquistão sobre
auxílio jurídico na área penal. Os termos do acordo, assinado em junho de 2018
em Astana, foram aprovados na forma do Projeto de Decreto Legislativo (PDL)
334/21, e aguardam votação no Plenário da Câmara dos Deputados.
Conforme a mensagem (MSC 444/19) enviada pelo Executivo, o
acordo permitirá que Brasil e Cazaquistão prestem auxílio jurídico mútuo em
matéria penal. Na prática, o texto define regras para a tomada de depoimentos e
a transferência de pessoas sob custódia; a execução de pedidos de busca e
apreensão; o fornecimento de documentos, registros e outros elementos de prova;
a perícia de pessoas, objetos e locais; entre outras ações.
Clima continental, invernos frios e verões quentes, áridos e semiáridos
Vasta estepe plana que se estende do Volga, no oeste, até as montanhas Altai, no leste, e das planícies do oeste da Sibéria, no norte, até os oásis e desertos da Ásia Central, no sul
Localizado na Ásia Central, a República do Cazaquistão é um país transcontinental. Com 19 milhões de habitantes (2021), estende-se do Mar Cáspio, a oeste, até as montanhas de Altai, na fronteira leste com a China e a Rússia.
Sua capital, Astana, é uma cidade planejada, como Brasília, e sedia o Parlamento, a Suprema Corte e o Palácio Presidencial.
O atual Cazaquistão já pertenceu a diversos impérios, como o turco, persa e mongol. Os cazaques eram povos nômades que se estabeleceram em quase todo o território do país.
Entre os séculos XVII e XVIII, os russos entraram no território e passaram a exercer forte domínio na região, o qual se intensificou a partir das primeiras décadas do século XX. A ocupação culminou em sua incorporação formal à União Soviética em 1936. Em outubro de 1990, pouco antes da dissolução da URSS, o Cazaquistão decretou sua soberania, e sua independência foi declarada em 16 de dezembro de 1991.
Os cazaques são um povo muito diverso e influenciado por suas tradições nômades. Composta por indivíduos oriundos de diversas etnias, a população conta com uma grande variedade de costumes e tradições.
É possível observar a diversidade cultural na religiosidade, nos esportes, na música e na gastronomia.
O Cazaquistão é a maior economia da região e 54ª maior economia do mundo. É um dos principais produtores e exportadores mundiais de urânio. Conta também com grandes reservas naturais, sendo rico também em petróleo e minerais.
Seus principais parceiros comerciais são a China e a Rússia, com quem faz fronteira, e que, juntas, respondem por cerca de 50% do comércio internacional do país, mas o Cazaquistão vem promovendo um esforço para diversificar o comércio internacional.
Grandes depósitos de
petróleo, gás natural, carvão, minério de ferro, manganês, minério de cromo, níquel,
cobalto, cobre, molibdênio, chumbo, zinco, bauxita, ouro e urânio.
Exportações – parceiros:
Importações – parceiros:
Petróleo bruto, ouro,
cobre, ligas de ferro, gás natural (2021)
Medicamentos embalados, gás natural, carros, equipamentos de transmissão, aeronaves (2019)
$ 49,196 bilhões (estimativa de 2021)
$ 46,218 bilhões (estimativa de 2020)
$ 52,539 bilhões (estimativa de 2019)
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